O álcool em gel 70% é o produto mais procurado durante a pandemia de Coronavírus por causa da sua comprovada eficácia como agente higienizador. No Brasil, seu uso foi estendido dos consultórios para as residências durante a epidemia de influenza A (H1N1), em (2009), que iniciou com um cenário de tensão similar à pandemia atual. Mas, porque álcool 70% e não 80, 90 ou 100%? O principal objetivo da antissepsia é reduzir o número de microrganismos presentes, seja em um objeto ou numa superfície corpórea. O álcool 70% é o mais utilizado no processo de antissepsia da pele porque age de maneira instantânea nos microrganismos e de forma satisfatória na prevenção de infecção.
Nessa concentração, sendo 70% de álcool isopropílico e 30% água, o produto é ótimo para atividade bactericida, pois desnatura as proteínas dos microrganismos, atuando na membrana plasmática ou na parede celular bacteriana, inibindo sua síntese e provocando sua destruição. E isso acontece rapidamente na presença de água, pois facilita a entrada do álcool nos microrganismos. O álcool em gel vendido na farmácia ou em lojas de materiais médicos passa por uma série de testes que verificam a sua concentração no produto e outras variáveis – todas estabelecidas por pesquisas que testaram a eficácia do produto em diferentes configurações contra bactérias e vírus.